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SETEMBRO AMARELO

SETEMBRO AMARELO

Falar sobre o suicídio continua a ser um desafio na nossa sociedade. Muitas vezes, o tema é envolto em silêncio, medo ou preconceito, o que pode fazer com que pessoas em sofrimento se sintam ainda mais isoladas. No entanto, abordar este assunto de forma clara, empática e cuidadosa é essencial. O suicídio não é um “desejo de morrer”, mas sim uma tentativa de colocar fim a uma dor que parece insuportável. Reconhecer os sinais, saber como agir e procurar ajuda profissional podem salvar vidas.

Sinais de alerta

Cada pessoa vive o sofrimento de forma única, mas existem sinais que devem chamar a nossa atenção:

  • Expressões verbais de desesperança, como “não aguento mais”, “não vale a pena” ou “a vida não tem sentido”;
  • Falar ou escrever sobre morte ou suicídio;
  • Mudanças bruscas de comportamento, como isolamento social, perda de interesse em atividades ou abandono de responsabilidades;
  • Alterações significativas no sono e no apetite;
  • Aumento do consumo de álcool ou outras substâncias;
  • Comportamentos de despedida, como oferecer objetos importantes, escrever cartas ou mostrar uma calma súbita após um período de grande angústia;
  • Procurar meios para se magoar ou expressar intenção clara de terminar a vida.

Estes sinais não devem ser ignorados. A presença de um ou mais deles merece sempre atenção e cuidado.

Como podemos ajudar

Se alguém próximo demonstra sinais de risco, a atitude mais importante é a disponibilidade genuína para escutar. Muitas vezes, acreditamos que falar sobre o suicídio pode “dar ideias” à pessoa, mas a verdade é que pode abrir espaço para conversa, alivia o peso do silêncio e ajuda a perceber a gravidade da situação.

  • Escutar sem julgamentos: dar espaço para que a pessoa fale sobre o que sente, sem críticas nem comparações.
  • Validar o sofrimento: reconhecer a dor sem minimizar (“percebo que estás a viver algo muito difícil”).
  • Garantir segurança: se houver risco imediato, não deixar a pessoa sozinha e remover, sempre que possível, meios que possam ser usados para autoagressão.
  • Encaminhar para apoio especializado: incentivar a procura de um psicólogo e médico, ou acompanhar até um serviço de urgência.

Quando procurar ajuda profissional

É fundamental procurar apoio psicológico ou psiquiátrico quando:

  • Pensamentos de morte ou de se magoar, mesmo que não haja intenção concreta.
  • Tristeza profunda ou apatia persistente, que não melhora com o tempo.
  • Sentimentos de desesperança, inutilidade ou culpa excessiva, que pesam no dia a dia.
  • Dificuldade em lidar com emoções intensas, como ansiedade, irritabilidade ou raiva.
  • Alterações marcantes no sono ou no apetite (insónias, hipersonia, perda ou aumento acentuado do apetite).
  • Isolamento social e afastamento de amigos ou familiares, evitando contacto e atividades antes importantes.
  • Queda no desempenho escolar ou profissional, com falta de concentração e motivação.
  • Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram valorizadas.
  • Cansaço extremo ou falta de energia constante, sem causa médica aparente.
  • Sentir-se sobrecarregado por problemas pessoais, sem encontrar soluções ou estratégias para lidar.
  • Uso excessivo de álcool ou drogas como forma de fuga ou alívio.
  • Histórico de traumas, perdas recentes ou situações de grande stress, que permanecem difíceis de elaborar.

Nestes casos, a intervenção de profissionais de saúde mental é indispensável para compreender a dor, oferecer estratégias de enfrentamento e construir alternativas.

Procurar ajuda é um ato de coragem

Em situações de perigo imediato, deve ligar para o 112 ou dirigir-se ao serviço de urgência mais próximo. Em Portugal, pode ainda contactar o SNS24 (808 24 24 24) disponível todos os dias.

Se vive este sofrimento ou se conhece alguém em risco, saiba que não está sozinho. Procurar ajuda não é sinal de fraqueza, mas sim um passo de coragem e cuidado consigo mesmo.

Na Clínica Catarina Fontes, na Régua e em Vila Real, estou disponível para o receber com total respeito, escuta atenta e discrição. Como psicóloga clínica com prática centrada na escuta psicodinâmica, ofereço um espaço seguro e acolhedor onde a sua história é ouvida sem pressas nem julgamentos. Trabalho de forma individualizada, com estratégias baseadas na evidência e no cuidado humano, para ajudar a esclarecer o que sente, reduzir o sofrimento e construir caminhos de esperança e bem-estar. Acredito que cada pessoa tem recursos e possibilidades, e juntos podemos elaborar uma intervenção que respeite o seu ritmo e as suas necessidades.

Estou disponível para o receber e acolher a sua história.

Cristiana Ribeiro, Psicóloga Clínica

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